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Padre da Golegã sai em liberdade

  • tvazinhaga
  • 19 de dez. de 2013
  • 2 min de leitura

A PJ identificou mais uma alegada vítima, a segunda, e deteve o padre António Júlio Santos, por abuso sexual de crianças. E poderão surgir mais queixosas. Uma juíza proibiu o sacerdote de estar com menores.

Fonte da Polícia Judiciária de Leiria, que investiga o caso confirmou a notícias avançada pelo JN na edição de dia 7, onde se adiantava que a PJ acreditava existirem "mais vítimas". A primeira queixa chegou de uma escuteira da Golegã, de 12 anos, e a outra terá a ver com uma menor associada a uma instituição ligada também à Igreja da Golegã. Os crimes foram concretizados no espaço de um mês.

O padre, de 46 anos, foi ontem interrogado no tribunal da Golegã, indiciado por dois crimes de abuso sexual de criança na forma agravada. Embora tenha permitido que o prelado saísse em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de 3500 euros, a juíza proibiu-o de contactar com crianças, em particular, com as vítimas, e obrigou-o a entregar o passaporte, para impedir que fuja para o estrangeiro. Além disso, não pode deixar a área de residência, em Santarém, nem deslocar-se aos concelhos da Golegã e Torres Novas, zonas de origem das vítimas.

O facto de a PJ de Leiria ter informado, em comunicado, que os crimes foram cometidos na sua “forma agravada” tem a ver com o facto de o padre ter a função de assistente espiritual no agrupamento de escuteiros da Golegã e se encontrar nessa qualidade quando os abusos foram alegadamente cometidos.

Tudo terá acontecido durante um acampamento de escuteiros exploradores – entre 11 e 13 anos – realizado em outubro na zona de Olhos de Água, no concelho, onde o padre terá concretizado “atos sexuais de relevo”. Foi a própria menor a denunciar o caso aos pais, que o comunicaram às chefias dos escuteiros e estas à diocese de Santarém.

A diocese foi rápida a decidir o futuro do pároco. Num comunicado, no dia 5 deste mês, dava conta do inicio de um “processo de averiguações a propósito de suspeitas” sobre o padre, entretanto afastado da paróquia. A PJ iniciou as investigações nesse mesmo dia e a 6 já sabia de um outra vítima, que veio agora a confirmar-se, na sequência da audição de várias testemunhas. No entanto, novas diligências estão a ser realizadas e mais vítimas poderão surgir, uma vez que a PJ tem já informação sobre novos casos suspeitos.

Sabe-se, também, que a diocese prestou toda a colaboração às autoridades e terá inclusivamente revelado à Policia a localização do padre para a sua detenção.

Polémico em Rio Maior

Há cerca de sete anos, o padre António Júlio Santos já tinha sido retirado da freguesia de São João da Ribeira, em Rio Maior, após queixas apresentadas na diocese por paroquianos que não aceitaram bem o seu estilo de vida demasiado mundano, sobejamente conhecido pela população. Quem lidou com ele descreve-o como uma pessoa que gosta de um “bom uísque” e que costumava andar nas bocas do mundo por causa dos seus “relacionamentos com mulheres jovens da terra”, onde também tinha funções de chefia nos escuteiros.

IN - Noticia de Jornal de Notícias

 
 
 

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